“O 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) persiste como o nível de ensino mais flagelado com toda a sorte de experiências tragicamente camufladas de inovações.“ José Manuel Alho
Da monodocência
Passou-se de uma situação de progressiva saída da monodocência, para uma reentrada na monodocência, (exceção ao Inglês, 3º e 4º anos) com o correspondente apoio à interdisciplinaridade. Há alguns professores no 1º ciclo com habilitação para lecionar Inglês, mas são impedidos de o fazer na sua turma.
Das horas letivas O acréscimo letivo, duas horas e meia, com as quais alguns professores justificam um maior cansaço. Mais 400 minutos por semana do que nos restantes ciclos.
Da especificidade do trabalho no 1º ciclo
Passou-se perante o silêncio geral, de uma compensação justa das horas letivas em excesso, para uma pausa letiva facultativa e estranha a meio da carreira docente.
Da direção de turma
A progressiva valorização da condição de Diretor de Turma, a partir do 2º ciclo, sem o consequente acompanhamento de medidas que suavizem o trabalho no 1º ciclo.
Dos currículos e metas educativas
Desfasadas em relação à faixa etária, os testes e provas de aferição similares aos do 2º ciclo. A falta de formação gratuita.
Da democracia
A falta de debate de ideias, com a maioria dos professores a não ousar contrariar as decisões. O atual modelo de gestão deixou de priorizar a mobilização, para favorecer a imposição.
Fonte: Constante experimentalismo e descontentamento no 1º ciclo